O Último Romance
A dor não suporta mais se esconder nas entranhas
E a alma nestes dias, lentamente consumida em tristezas, faz morrer a mulher...
Faz sofre mortalmente o homem.
Homem, o começo de toda essa agonia.
Não era para estar na boca o fel,
Tão pouco cultivar a perfídia dos verbos
Ou fomentar inverdades, que encobriam as luzes no escuro.
O amor era certo, o amor é divinal...que em sua simplicidade,
Tão puro como a água da chuva ao permear o chão duro.
Mas veio o destino,
Veio o desatino...
Ai nasceu o pecado.
Faltou coragem pra decidir vergar o metal no muro,
Faltou coragem pra cortar a própria carne
E repartir na mesa o futuro.
Ainda hoje o tempo corre,
Os dias são iguais, mas em cada por do sol oram em coro, com as flores, por toda uma vida.
Enquanto sorrateiramente, sob o tapete da distância.
Busca homem na infância um significado para decidir se amanhã
Há de morrer em cada segundo ou
Viver eternamente.
Não haverá beijos;
Não haverá noites...
Só uma palavra para livrar do açoite.
Uma estrada sem volta.
A dor, enfim, será externada da alma penada
Pelos olhos nus, se a escolha for errada.
Esse ato desenvolverá o ódio, que fortalecerá o adeus.