AS BATATAS DA TERRA

Eu sei lá o que vou dizer

O tempo todo sem saber

O que é que eu ponho no papel

Um belo papo furado

Sou um poeta mal tratado

Voando a mil no meu corcel

Por labirintos complicados

Até os guardas muito armados

Não quiseram me levar

Nem se quer uma tunda

Mas levei um pé na bunda

E me mandaram plantar

As batatas da terra

Que num pronuncio de guerra

A mulher me abandonou

E hoje eu durmo na praça

Tudo pra mim perdeu a graça

Só a solidão que me sobrou!

Escrito as 19:4 hrs., de 22/03/2018 por

NELSON RICARDO
Enviado por NELSON RICARDO em 22/03/2018
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