Mundo de Quintana.
Rio, 21.03.2018.
Mundo de Quintana
No mundo de Quintana
A vida, as vezes, é só ciranda;
As vezes é só lavra,
O adulto é eterna criança,
Em meio ao seu
Batalhão de palavras.
O discurso é menos prolixo,
Mas, muito por isso,
Pródigo em beleza.
A sensibilidade ainda persiste,
O simples é realeza.
A vida é feita de muitos
Momentos passageiros,
O porto é mais alegre,
Menos triste que o
Meu Rio Janeiro.
No mundo de Quintana,
Não há dia, ano ou semana,
O tempo é invenção humana.
Não tem o menor cartaz.
Quintana, tu pediste
Para ser esquecido,
Por ser contínuo,
Do tipo que não volta atrás.
Perdoe esse humilde
Aprendiz de poeta, intrometido,
Que lhe admira até demais.
Não se atenha aos meus
Escritos, siga pro infinto,
Que esse mundo, do qual
Partiste anda agressivo e aflito,
Coração não tem mais cais.
Obrigado por teus versos
Tão suaves, tão bonitos.
Um forte abraço, e por favor,
Descanse em paz.
Clayton Marcio.