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QUANDO A POESIA FALA
(Sócrates Di Lima)

Quando a poesia fala pelos olhos
e se dedilha em folhas comuns
de cadernos em páginas em branco,
em meio a tantos outros manuscritos sem rimas,
Cria-se um mundo interior,
de versos e prosas,
onde as palavras amontoadas,
são separadas uma a uma,
formando belos conteúdos,
que por vezes,
alimenta o poeta triste.

Quando a poesia fala,
o mundo redor se cala,
o silêncio é o som mais agudo,
que a alma grita,
E como um ouvinte surdo,
balbucia a tristeza,
nos lábios de um poema mudo.

Quando a poesia fala,
O coraçao sofre,
Os olhos merejados,
fazem trêmulos os lábios,
e o soluço efêmero,
desliza face a baixo.

Quando a poesia fala...
O amor sorri,
a paixão se alegra,
a saudade finge,
a solidão se esvazia
e a tristeza se assenta,
e assiste pelos cantos,
o sorriso se apagar.

Mais, ainda,
quando a poesia fala,
Tudo se resume em versos liricos,
lúdicos e cálidos,
e em volta de uma mesa
onde os poetas vivos,
enaltece os poetas mortos,
e juntos,
fazem uma poesia,
ainda mais falante.
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Para o texto: Nacos de poesia... (T6279457)
De: Edna Ferreira
 
 
 
Socrates Di Lima
Enviado por Socrates Di Lima em 14/03/2018
Reeditado em 16/03/2018
Código do texto: T6279721
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