OLHAR

(Sócrates Di Lima)

Olho-te,

sobremaneira,

Vejo-te

Por inteira,

por de trás do teu olhar,

do teu sorriso oculto,

do teu falar silencioso,

escrito,

nos versos de poemas,

Nas entrelinhas,

descubro-te,

reconheço-te,

decifro-te.

E no pensamento,

desejo-te,

na imaginaçao,

devoro-te.

E nesse devorar bizarro,

feito fumaça de cigarro,

não deixo que disperse,

nem se perca no vácuo da vida.

Mantenho-te nos olhos,

no meu olhar infinito,

buscando ao longe,

a resposta incerta,

decifrável,

pela mente do poeta.

Olho-te,

mais uma vez...,

e nesse olhar figurante,

descubro com sensatez

Olhos de amante,

pelos quais me olha,

distante.

Socrates Di Lima
Enviado por Socrates Di Lima em 11/03/2018
Código do texto: T6276855
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