Brasil.
Rio, 07.03.2018.
Brasil.
Brasil, veja que um filho teu
Não acode mais a luta,
Anda perdido, sem saber o que fazer.
Que teu sistema político
É mais turvo que água suja.
O quanto é triste ver teu povo
Aturdido e a mercer.
Teu Rio anda soluçando e definhando
De janeiro a dezembro,
Chora tanto que já não são mais
As águas de março fechando o verão
E sim esse choro contido
Que não molha o rosto aflito,
Mas inunda o coração.
Lembra do teu hino?
O que diriam os autores?
Vendo que, hoje, a vida no teu seio
É repleta de míseria e horrores.
Brasil, era para não temer, quem te
Adora, a própria morte.
Hoje teu povo morre de medo,
Insegurança e desilusão.
Quem pode vai embora, te vira
As costas pra ir buscar
sossego em outra nação.
Pois cadê teu lábaro estrelado?
Se não há paz no teu futuro,
Nuca houve glória em teu passado.
E o teu filho, inglório, sente o
Gosto amargo de te ver
Abatido pela corrupação.
É vergonha e não orgulho que
Anda estampado no rosto
De desgosto do teu cidadão.
Terra adorada, salve salve a esperança
De que um dia você nos
Seja a tal "mãe gentil".
Eu torço para que um dia as
Tuas crianças te considerem
Uma pátria amada, Brasil.
Clayto Marcio.