Saudade Errante
Quem viveu pelo Sertão deserto
Ouviu de perto o murmurar da fome
Viu a sede ludibriar a morte
Viu quanto forte pode ser o homem.
Contudo quem não viu o Sertão de perto
Não viu decerto o natural pudor
Com que o cacto na mata cinzenta
A seca enfrenta oferecendo flor.
E aquele que tem alma sertaneja
Vê na peleja que o levou distante
Nada mais do que uma breve estrada
Pavimentada de saudade errante.
Quem viveu pelo Sertão deserto
Ouviu de perto o murmurar da fome
Viu a sede ludibriar a morte
Viu quanto forte pode ser o homem.
Contudo quem não viu o Sertão de perto
Não viu decerto o natural pudor
Com que o cacto na mata cinzenta
A seca enfrenta oferecendo flor.
E aquele que tem alma sertaneja
Vê na peleja que o levou distante
Nada mais do que uma breve estrada
Pavimentada de saudade errante.