Divisão
Quando a noite se finda
e o silêncio me invade
eu pergunto se ainda
vou saber a verdade
que não sei descobrir!
Eu pergunto: Até quando?
Quanto mais vou vivendo
sem saber se sonhando,
sem saber até quando;
se virá um porvir!
Sem saber se algum dia
na janela fechada
vai sobrar poesia
numa vida marcada
sem saber construir!
Eu pergunto se às vezes
vale a pena esperar
que alguém nos prepare
um silêncio que “pare”
para alguém nos ouvir!
Eu pergunto... e a resposta
na calada do medo
nos divide em segredo
entre tantas propostas
tantas vezes dispostas
sem ninguém pra “engolir“!