MINHAS PEQUENAS POESIAS VIII

MINHAS PEQUENAS POESIAS VIII - João Nunes Ventura

MINHA INFÂNCIA

Saudades da minha infância

Também dos lindos sonhos,

Daqueles dias risonhos

Do riacho de minha terra,

Que doce que a vida era

Na mata meigos cantores,

Beijando as brancas flores

Na casa branca da serra.

MINHA DOCE INFÂNCIA

Vivia feliz na manhã a brincar

Na fresca sombra do juazeiro,

Corria e eu chegava primeiro

Nos galhos rindo me balançar,

Pelas calçadas do meu lugar

Soltava pião quando criança,

O papagaio minha lembrança

Nas cordas salto de felicidade,

Na amarelinha minha saudade

Essa foi a minha doce infância.

MINHAS SAUDADES

Oh! Deus como o tempo passa

Nesse mundo que é de flores,

Lá se foram os meus amores

Doces tempos de mocidades,

Os olhos já cansados e lentos

Choram a lembrança da vida,

Da inocente infância querida

Oh! Deus como tenho saudade.

MEU VIOLÃO

A luz da aurora clareia o monte

O verde e o campo meu sonhar,

E as águas calmas veem saciar

A sede do meu deserto coração,

E se veste o dia puro e formoso

Eu admiro esse cenário sozinho,

E tenho nos braços meu carinho

Para ti meu amigo o meu violão.

MINHA DOR

O que encontrei me deixou triste

Lembrança que existiu entre nós,

Que enrolado em nossos lençóis

Ficou a saudade de imenso amor,

É tarde e eu liguei para você

E é quase madrugada não dormi,

Pensando em você sempre vivi

Cantando e chorando minha dor.

MINHA FELICIDADE

A moça bela na cama adormecida

De alegria ela sonha apaixonada,

E muito triste sem a minha amada

Sigo na vida em ondas de saudade,

A linda garota navega no paraíso

Pássaros a amam convidam a lua,

E na solidão vou seguindo pela rua

Implorar ao luar a minha felicidade.

MINHAS ORIGENS

Aqui tem as minhas origens

Tem minha flor e meu cheiro,

A minha delícia e o tempero

E a cor de minha lembrança,

Eu sou irmão dos teus filhos

Querido berço de tanta gente,

De braços abertos sorridente

Aqui viveu minha esperança.

MISTÉRIO E CRIAÇÃO DA VIDA

Oh! Deus quanta grandeza

Não tem limites o divino amor,

Esse céu imenso de esplendor

Oh! Deus minha prece querida,

Abençoado seja esse novo dia

Agradeço cuida de todos e de mim,

Essa montanha de azul sem fim

Um mistério na criação da vida.

MESA DE BOTEQUIM

Por este mundo eu tenho padecido

E com um abrigo eu vivo sonhando,

As lembranças cruéis me matando

Na saudade de um amor desiludido,

Se esse amor me deixou esquecido

Assim amigos afastaram-se de mim,

Hoje dormem em agasalhos de cetim

Saboreando vinhos em noites de lua,

Eu sofro bebendo pelos bares da rua

E choro dores em mesa de botequim.

MEIGOS CACHORRINHOS

Que amor de delícia Oh! Que sonho

Que aconchego mais lindo e gostoso,

Na manhã de sol ameno e formoso

Num dia risonho de perfumes e flores,

Que bela assim e a vida se multiplica

Num gesto de ternura o amor assim,

Tem a força de entrar assim em mim

Na felicidade desses lindos amores.

João Nunes Ventura
Enviado por João Nunes Ventura em 06/02/2018
Reeditado em 06/02/2018
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