MOLEQUE DA PAZ

Se não consigo os canais

Jogo pedra nos vitrais

E acerto o nariz do padre

Desculpa aí meu vizinho

Por favor fale baixinho

Bico calado comadre

Sou menino que gosta de arte

Eu quero pousar em Marte

Com minha nave imaginária

Eu sou o moleque da paz

Quando minha memória me traz

Quando embarquei na rodoviária

Com destino pra nunca mais

Que ascendam-se os castiçais

Antes que a missa comesse

Venda-me um pastel de galinha

E uma grappette de garrafinha

Fome e sede ninguém merece!

Escrito as 18:46 hrs., de 06/02/2018 por

NELSON RICARDO
Enviado por NELSON RICARDO em 06/02/2018
Reeditado em 06/02/2018
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