A Cabana do Poeta
No alto do cerro há uma cabana
Nem um barulho, nem um vizinho
Só a luz que as estrelas emanam
E salpicam sonhos nesse caminho
São trilhões de estrelas faiscantes
Cortando a negra noite infindável
O poeta segue sonhando romances
Costurando seus poemas indomáveis
Ele não necessita de energia elétrica
O lume do candeeiro ilumina o papel
É esse o clima da produção poética
Basta abrir a janela e olhar o céu
O poeta não precisa de mais nada
Apenas de uma choupana e paz
Esse refúgio está longe da estrada
Seus versos ecoam na terra vasta
Acende a lareira para se aquecer
A lenha e a lua são eternas amigas
Ele respira arte para poder sobreviver
O cerro em silêncio o acolhe e inspira.