A VIRGEM E A COROA - I
Dos mares do norte e do sul
Caíram sobre a Virgem,
Expondo charcos de vertigem!
Urubus sobre carne azul.
Com coroas, queriam o melhor proveito
Os trovões intimidaram os filhos da terra
Usaram o nome de Deus, em pleno direito
E chagas para deitar nações inteiras!
A Virgem sincera e fecunda
Mostrou seu ventre, em plena mata
Onde jorrava, além de ouro e prata
Outra riqueza que cedo não se finda!
Do interior novas formas se abriam
Veias, artérias, mais do que prantos
Pulsava vida em todos cantos
Isso as Coroas não compreendiam!
A inocência e a amizade não teve acalento
A Virgem se fechou ao fogo ora abrasado
Ordenou aos filhos, gerados fora do pecado
Resistência à cruz do mito caído ao relento.
A saga apenas começava
Vieram cem, duzentos e mais de mil.
Nada de reis ou príncipes encantados,
Apenas bárbaros e velhos degredados.
CONTINUA - A VIRGEM E A COROA II