________NAVEGUE, ALMA!
Navegue, alma, perfumada de andar em mim, em nós...
Navegue entre as árvores, gotejante de cio, entre os jardins,
saudada pelos uivos da matilha.
Navegue!
Lâmina cortando
- rasgo -,
navegue fera,
na ciência sagrada da saliva.
Sequestra-me o cheiro de fêmea e
siga à terra do meu sonho.
Ouça! É a eternidade fluindo entre as pedras...
... de haver mais ainda o nosso tempo.
Mas vá firme - lâmina - pronta para ceifar muros.
Vá e - se preciso for - no dorso de Cérbero!
A natureza fêmea da minha prece
- avança luz -,
sagrada na medida em que converte o que outrora - treva -
reage amor.