Mataram o Caramelo!
Três patas num andar errante, a quarta, erguida, evidenciando o ganido, as pauladas, o sangue
aquele focinho farejou a morte
e a gente só conta com a "sorte", do privilégio de não ter nascido cão,
pagão,
preto
ou viado
meu irmão, puta injustiça
vão subir o Caramelo
só por não saber limpar bosta e comer sandália
mancada
nunca vi o condenado latir pra nordestino
nem gozar adultério
tampouco zoar macumbeiro
mas não tem jeito
fim é seu novo dono
plau! plau! plau! pl...
chega!
nada de abraçar essa sangria aí não, falô?
simbora pra casa, juntar as mãos e agradecer papai do céu pelo privilégio de não ser pagão,
preto,
viado,
nem Caramelo.