Arlequim
Gafanhoto breve
o qual deseja ser
visto e ter quem
o eleve:
Faz de si dever
aos outros, em
virtude de ser
único.
O releve para
ter sua cruel
ira: nada, a
não ser uma
frase languida
e más curtidas.
Enquanto isso
no fantástico
universo único,
tudo feito por
Arlequim é
público e, por
estes, devorado.
Faz do seu dever
o “ser culto”, o
qual sabe tudo;
Conhece tudo;
Viu tudo e o fez.
Agora o relata:
mais uma curtida.
Vou copiar-me
único
ao meu público,
para ser arlequim
em um vívido
subterfúgio;
No universo único,
regido por rígidos
dedos pútridos.
Para em breve
vestir-me o céu;
A engajada e bem
quista paz das
milhares curtidas.
A vestir a vista;
Vista-me à vista.
Dê-me seu céu.