Pensamento em transe

Estava tudo calmo,

ouço o som das pedras.

Vejo meu corpo postado e atento.

O som parece ser da água!

No sono profundo vejo as borboletas,

que pousam nas flores.

O som do pulo do peixe se repete.

O silencio das pedras me faz sono!

Quero deitar sob o sol quente!

Me desperta um grito longe,

olho para todos os lados,

vejo pessoas que também amam!

O som dos grilos me desperta,

não sei se estou sozinho ali,

o vento fresco das árvores me refresca.

Acordo no meio da noite.

Escuto vozes alegres em festa,

me dá sede.

No escuro ando a procura da mais limpa,

não há mais sol.

O outro dia vai despertar,

sem compromisso, quero beber o álcool.

O volume é baixo,

tudo é festa neste feriado.

Porque as borboletas não assentam em mim?

talvez não tenho o cheiro das flores,

talvez elas tem raiva de mim.

Minha presença lhes perturbam.

A fisga covarde pega o pequeno.

O inocente na busca do alimento é enganado,

sem dó nem dor é devorado,

pelos famintos humanos!

Jose Hilton Rosa
Enviado por Jose Hilton Rosa em 10/01/2018
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