AMAR
(Socrates Di Lima)
Amar!
Como quem ama a noite,
E o dia,
num universo a Sonhar...
temperstade, intrépido açoite...
Devastadora ventania.
Amar!
Um sentimento inocente,
Alma de criança irreverente,
Em um mondo inexistente,
Que a ilusão faz acreditar.
Amar !
Como se chega,
Ou se ia...
Chorar,
Naquilo que se apega,
Triste poesia!
Amar!
Ao ouvir estrelas,
No seu único firmamento,
Desejar,
E por fim, te-las,
No céu do seu sentimento.
E como é bom amar,
Em uma lágrima sentir,
Sutil lacrimejar,
Na saudade que deve vir,
Quando o bem amado, partir!
E se o amor nunca foi tristeza,
De fazer chorar na solidão,
Pode se fazer uma beleza,
Essas lágrimas do coração,
Como quem ri do amor,
Que brota e floresce no coração,
Um contentamento,
Que supera a dor,
Conhecimento,
No diferenciar da razão e emoção.
Não sinto que uma lagrima em triste,
Quando se lembra de um amor,
Mesmo partido a tudo resiste,
Talvez, por certo, ameniza uma dor.
Amar!
Encanto de uma alma liberta,
Que não tem idade pra começar,
E mesmo que uma simples saudade,
Atravesse a alma do poeta,
Ainda assim, com possível perversidade,
Ah! Como é sublime amar!