PUNHAIS

No giro do girassol,

nas asas da borboleta,

na trovoada, na chuva,

na areia da ampulheta.

Em meio a um temporal,

na solidão da caneta,

traçando versos infames,

pra inundar de poesia

o teu redor, o teu leito,

e a imensa vida vadia.

Na tempestade de idéias

que traz sempre algo de novo,

na veia sempre pulsante

de sonhos que não resolvo.

Vou garimpando e vagando

entre o amor e o desengano,

espinho, faca de ponta,

palavra e verso tirano,

punhal que fere sem mira

minguando todos meus planos.

Saulo Campos - Itabira MG

Saulo Campos
Enviado por Saulo Campos em 20/12/2017
Código do texto: T6204215
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