As cegas

Há anos que sentimos e vivemos absurdos/

Reclamamos pros iguais/

Pedimos ao pai/

Mas nos omitimos/

Em nossas próprias conveniências sociais/

Quando há forca/

Limitamo-nos ao verbo do silêncio/

Á luz de vela/

Quando se faz o gemido/

Quando se é atingido/

Vem o nosso comodismo/

E responde por nós/

Misérias a baixo/

Morre o corpo na dor/

Que a fome e a desigualdade da ignorância/

Permite-nos esperar/

Quando tudo estiver perdido/

Não é certo que é o errado/

Deve-se consertar/

Essa indiferença humana/

Esse egoísmo ambicioso de querer ser um deus/

Com poderes absolutos/

Não nos deixa enxergar/

Que entre este céu e essa terra/

Só existe felicidade, se você amar/