Quem eu seria?

O que seria de mim sem versar?

-Sem versar eu não seria tão eu.

Se rimo entro ma loucura quixotesca de Cervantes.

Metrifico com Cecilia Meireles "a minha vida".

Arrumo estrofes como os livros de Graciliano na minha estante.

Componho com a mente em Lusíadas e encontro um marido: Camões.

Elementar caros, achar a razão de escrever em Shakespeare e encontrar em Machado a minha identidade.

A escrita é meu nome.

A literatura, meu sobrenome.

A poesia, meu codinome.

Luciana Herculano
Enviado por Luciana Herculano em 11/12/2017
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