Sina
Nas catedrais
Os deuses omissos
Amanhecem calados
Alheios às dores de suas frágeis criaturas
Longe da seda
A noite rubra velada
Não dispensa um gosto de sangue
Daqueles que se procriam como animais
Perto da lira
O fétido e o humo fértil
Se confraternizam com a dor e o gozo
Nos momentos efêmeros que acalentam a sobrevivência
Nesse Vale de Lágrimas
Perdura a sina da curta vida e rápida morte