Sina

Nas catedrais

Os deuses omissos

Amanhecem calados

Alheios às dores de suas frágeis criaturas

Longe da seda

A noite rubra velada

Não dispensa um gosto de sangue

Daqueles que se procriam como animais

Perto da lira

O fétido e o humo fértil

Se confraternizam com a dor e o gozo

Nos momentos efêmeros que acalentam a sobrevivência

Nesse Vale de Lágrimas

Perdura a sina da curta vida e rápida morte

Kal Angelus
Enviado por Kal Angelus em 12/11/2017
Reeditado em 19/12/2021
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