Presença

É gostoso quando partimos

Quando trazemos e ficamos

Entre conversas infindáveis

E a noite vai gelando os braços descobertos

A despedida não acontece nem se pensa

Só o vento frio e úmido expulsa ambos para casa

Aquele que mora mais distante

Na mesma rua silenciosa

É levado lentamente pela tranqüilidade

O frio acentua e os sonhos também

Como é bom sonhar com o possível

Mesmo sem promessa em palavras

Apenas nos gestos sem agonia

De uma imagem sincera e marcante

O que endossa uma valiosa presença

E quando isso acontece

Não partimos de fato

Senão com as mãos enfiadas nos bolsos

A pedir que o vento não pare de assobiar

Porque sua canção está alegre

E já começa a aquecer todo o corpo

Não só os braços...

troclone
Enviado por troclone em 19/08/2007
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