No silêncio, ouço
No silêncio
ouço vozes eloquentes:
a batida do coração dentro do frágil peito,
a música da pequena ave cantora,
o som uivante do vento,
o ranger da porta entreaberta,
o folhear de um livro bom,
o cair da chuva na relva,
passos apressados de quem não sabe aonde vai,
o gemido de uma alma angustiada;
o tic-tac nervoso do relógio na sala.
No silêncio
escuto meus pensamentos falando alto
e sonhos inquietos de uma alma que não repousa
Tudo fala, tudo pulsa,
nada silencia