A Cidade
Quão belo és, meu lar saudoso
Eu, cuidadoso o procuro
Não há lugar para o maldoso
Impiedoso, ou impuro
Se algum dia eu lá morar
Poemas quero recitar
Sobre as belezas não preditas
Das melodias inauditas
E a dor que aqui muito chorei
Em breve lá, esquecerei
Toda essa vil perversidade
Não morará lá na cidade
Mero inquilino que serei
Ao dono nada deverei
Pois meu gentil anfitrião
Nunca me cobrou um tostão
Nem o transporte, nem a entrada
Nem hospedagem ou comida
Por mim nunca foi comprada
Quem me comprou foi outra Vida.