A Cidade

Quão belo és, meu lar saudoso

Eu, cuidadoso o procuro

Não há lugar para o maldoso

Impiedoso, ou impuro

Se algum dia eu lá morar

Poemas quero recitar

Sobre as belezas não preditas

Das melodias inauditas

E a dor que aqui muito chorei

Em breve lá, esquecerei

Toda essa vil perversidade

Não morará lá na cidade

Mero inquilino que serei

Ao dono nada deverei

Pois meu gentil anfitrião

Nunca me cobrou um tostão

Nem o transporte, nem a entrada

Nem hospedagem ou comida

Por mim nunca foi comprada

Quem me comprou foi outra Vida.

Mademoiselle Art
Enviado por Mademoiselle Art em 20/09/2017
Código do texto: T6119620
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2017. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.