Qualquer dia

Qualquer dia!

Pela vida afora, numa pressa louca,

a mesma promessa:

Qualquer dia!

Qualquer dia desses a gente se encontra;

Sem hora marcada,

sem dia marcado

a gente vai se encontrar!

A mesma promessa

em um sem tempo infinito;

qualquer dia!

Qualquer dia desses...

Quando?

Haverá tempo para um mundo sem tempo?

Um mundo de gente sem tempo

que o tenta encontrar?

Tempo de provar a si próprio

que se é quem se é?

Haverá tempo?

Até quando haverá?

Até quando a promessa de “qualquer dia”?

Poeteiro
Enviado por Poeteiro em 19/10/2005
Código do texto: T61079