A espera do prato feito
São passos cansados
Na labuta árdua
De cada dia longo
A luta solitária
Desgasta cada gota
O amor tenta, mas em vão
É abafado por outra frustração
Grito, brigo, faço estardalhaço
E permanece inerte
Sentada a espera do prato feito
Se diz também cansada
Não duvido, mas duvido
Disposição há pra tudo
Menos para o óbvio, o cotidiano
Estou cansado, exausto, abatido
É na maca que me recupero
A base de soro pra conter a hipertensão
Com mais frequência vou a maca
Natural, pelo menos até que convenha
Já decidi ficar parado
Esperar e aguardar a bomba explodir