Enferma trilogia

Hoje meu corpo padece

de um mal cuja razão eu desconheço;

o coração me entristece...

Será que a alma conhece?

Será que mereço

o mal de que padeço?

Padeço de um mal recorrente

e antes que o corpo adoeça,

adoece a cabeça...

Padeço, porque deixo a alma doente;

padeço, mas antes que venha

alguém que me trate e cure

é bom que eu procure

limpar minha mente;

curar a alma doente!

Quando o corpo padece

de um mal recorrente

parece doente...

Mas o que é um corpo

senão uma extensão de nossa mente?

O corpo padece

mas e os sentimentos?

O que lhes acontece?

Entramos num círculo vicioso, viciado...

Cada um a seu lado:

O corpo adoece,

a cabeça padece

e a alma doente parece

não se saber carente...

e adormece!

A solução do problema

e a razão do dilema

é a mente...

Algo em mim acontece...

É meu corpo! Padece,

mas não sei da alma doente...

E se tenho um corpo enfraquecido

por ter sofrido,

enfraquece a mente

e mais ainda a alma doente...

E o círculo não se finda...

Mas se penso: A vida é linda!

Se limpo os meus sentidos,

e se creio ainda

derrotar sonhos perdidos?

Se me decido

e vejo luz em minha frente?

Eu me reforço os sentimentos

e me esforço em pensamentos:

Eu limpo a minha mente

e curo a alma doente!

Qualquer solução não invalida

que eu cure primeiro a vida

e a alma carente...

Depois sim, a mente sofrida

que fenece...

Por último, o corpo doente

que carece

tanto mais do brilho da mente,

da alma contente...

Quem disse que meu corpo padece

não conhece o poder

da alma e da mente,

da essência do ser

que segue em frente!

Poeteiro
Enviado por Poeteiro em 19/10/2005
Código do texto: T61069