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TOPÁZIOS
 
 

São topázios lilases e rosáceos,
belos grãos de estupenda formosura,
como nuas sementes dos herbáceos,
que, de gráceis, até me dão ternura.
 

Em teus seios, mamilos incrustrados,
tão louçãos e mimosos e pequenos,
incendeiam meus olhos ofuscados
e ao meu tato são dunas de venenos.
 

E transmitem beleza da De Millus,
esplendores gentis, celestiais,
inquietudes propícias dos esquilos
– anelos, «tsunamis» sensuais.
 

Teus topázios são pérolas acesas,
faiscando doçuras, tons e olores
que me evocam o afã das realezas,
encantadas luxúrias, mil amores.
 

Em ti, tais adereços deslumbrantes,
tão suaves, me nutrem da ciência
de que são itens d’arte e cativantes,
isentos da vulgar concupiscência.  
 

Joias íntimas da gentil Atenas,
teus mamilos, cerejas divinais,
quero deles o néctar, peço apenas
oscular seus sabores, nada mais.
 

Fort., 23/08/2017.
Gomes da Silveira
Enviado por Gomes da Silveira em 24/08/2017
Reeditado em 24/08/2017
Código do texto: T6093256
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