OUTRO TEMPO




Quando outro tempo sorrir
Lá pelos fins do desgosto,
    Entre os que choram,
Talvez celebre, erga a taça
  Baça, de quebra desfaça trincheiras
Como quem cumpre um roteiro.

Quando esse inverno partir
Pleno do que se apropria
    Dia após dia
Dos que ainda sonham, talvez
  Culpe as certezas, tão minhas, à mesa
Entre convivas felizes.

Quando, em colapso, até o cinza
Venha a ser menos que exíguo
    Pelos jardins,
Quem sabe arrisque uma rima?
  Uma que exprima as urgências da brisa
Chegando ao fim de meus dias. 

 
.
Israel Rozário
Enviado por Israel Rozário em 23/08/2017
Código do texto: T6092510
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2017. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.