OUTRO TEMPO
Quando outro tempo sorrir
Lá pelos fins do desgosto,
Entre os que choram,
Talvez celebre, erga a taça
Baça, de quebra desfaça trincheiras
Como quem cumpre um roteiro.
Quando esse inverno partir
Pleno do que se apropria
Dia após dia
Dos que ainda sonham, talvez
Culpe as certezas, tão minhas, à mesa
Entre convivas felizes.
Quando, em colapso, até o cinza
Venha a ser menos que exíguo
Pelos jardins,
Quem sabe arrisque uma rima?
Uma que exprima as urgências da brisa
Chegando ao fim de meus dias.
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