TÓXICO
O frio afaga o rosto da manhã –
Silêncio
A suturar meus lábios
Como fio de aço.
Escuridão
Que me digere a custo – fermento,
Peso
Em seu flácido abdômen monstruoso.
As horas marcham
Rumo a promessas de luz –
Suicidas eficazes.
Renuncio ao sono mais tóxico que o olhar.
Pálpebras represam rios avaros,
Portas de vidro
Convidando impaciências,
Olhos capturando espantos solúveis.
Rostos no café,
Notícias dum mundo prenhe
De ruínas,
Comentário subjugado –
Enrugado esgar de gárgula sarcástico.
Escuridão ainda a coagular
Humores –
Seria o antídoto à virtude?
Das profundezas não mais clamo.
.
O frio afaga o rosto da manhã –
Silêncio
A suturar meus lábios
Como fio de aço.
Escuridão
Que me digere a custo – fermento,
Peso
Em seu flácido abdômen monstruoso.
As horas marcham
Rumo a promessas de luz –
Suicidas eficazes.
Renuncio ao sono mais tóxico que o olhar.
Pálpebras represam rios avaros,
Portas de vidro
Convidando impaciências,
Olhos capturando espantos solúveis.
Rostos no café,
Notícias dum mundo prenhe
De ruínas,
Comentário subjugado –
Enrugado esgar de gárgula sarcástico.
Escuridão ainda a coagular
Humores –
Seria o antídoto à virtude?
Das profundezas não mais clamo.
.