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Preparou desculpas feitas em

sonhos.

se acomodou no ato.

Para que o escutassem,

soluçou versos.

Mas palavras não falam,

não escutam.

se sente.

Toca fundo, enraíza,

lenta e maliciosa vai,

recitando, até que

se instala no mais íntimo.

E depois?

Depois morre na boca de quem

pronunciou. Se perde no ar

em questão de segundos.

Contemplou então

o tempo ruindo devagar,

regando a vida,

não sabia se prematuro

era o alarde.

Logo atrasou o luar,

e deixou a primavera pra mais tarde.

Flor no luar
Enviado por Flor no luar em 04/08/2017
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