Poderes públicos e impudicos
Por sórdidos caminhos escusos e oblíquos
deslizam sombras entre corredores
e celebram acordos infames – mas profícuos
sob a conspícua luz da salvaguarda
de leis tortas e infames – aos ditames se rendem
até mesmo os não vendíveis...
Legal – ainda que iníquo;
profícuo – mas amoral!
Antagonismos compatíveis – o decoro!
Ali perto outra casa respeitável
ratifica a nulidade das leis
em favor dos “iguais”...
Podres poderes imorais e societários
na prostituição do erário...
Alheios a tudo as aves sobrevoam a praça e os poderes
defecando e – sutilmente – camuflando tudo...
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(Embora escrito antes da atual crise, não há nada de profético neste texto! Tudo se repete tão igualmente e se parece com o mesmo filme visto tantas vezes que se sabe de memória o final...)