SONÍFERO
SONÍFERO
Sinto-me meio acrobático,
Alçando piruetas no infinito,
Velejando dentre as nuvens
Que espirram sobre o orbe.
Vejo-me um tanto vaga-lume,
Alumiando o negro das dúvidas
Que tornam bipolares as mentes
Embebidas de narcóticos virtuais.
Observo-me bastante encaracolado
Sobre os tapetes onde pisam bibelôs
Fantasiados de humanidade portátil...
Desvendo-me por demais crucificado
Dentre palhoças onde dormem verdades
Dissimuladas pela vigília da hipocrisia!
DE Ivan de Oliveira Melo