(E fechava os olhos, a Lua, em conversa avessa com as cartas...)
E pousada - leve -, a carta vermelha.
Pensar que a Lua, entre ela e o destino sobre a mesa
- o intervalo rasgado em sangue -.
Cruzavam-se, ignoradas pelos olhos físicos, sombras na desconstrução dos dedos entretidos - as cartas -.
A Lua - buscando sentir o mundo -,
de olhos tingidos, corvos,
com respiração não humana
- gutural urrou -
Tudo, tudo é vão! Onde nada há...
E os seus olhos se abriram
- sóis em âmbar -
banhados em sangue.
_ É mesma, a vida. - Sussurou-lhe, tranquila, a voz masculina.
A Lua, diante, e, sem querer, foi pior.
_ À inércia angustiada, um brinde!
E a voz tomou corpo, antes guardada no canto escuro da parede.
_ E agora, sente alguma coisa? - Firmou a voz no fácil esforço de movimentar a mandíbula
- rasgos percorridos pelos dentes -
e no desdobre - as noturnas veias - da Lua!
Pensar que a Lua, entre ela e o destino sobre a mesa
- o intervalo rasgado em sangue -.
Cruzavam-se, ignoradas pelos olhos físicos, sombras na desconstrução dos dedos entretidos - as cartas -.
A Lua - buscando sentir o mundo -,
de olhos tingidos, corvos,
com respiração não humana
- gutural urrou -
Tudo, tudo é vão! Onde nada há...
E os seus olhos se abriram
- sóis em âmbar -
banhados em sangue.
_ É mesma, a vida. - Sussurou-lhe, tranquila, a voz masculina.
A Lua, diante, e, sem querer, foi pior.
_ À inércia angustiada, um brinde!
E a voz tomou corpo, antes guardada no canto escuro da parede.
_ E agora, sente alguma coisa? - Firmou a voz no fácil esforço de movimentar a mandíbula
- rasgos percorridos pelos dentes -
e no desdobre - as noturnas veias - da Lua!