DISSIMULADA

(Inspirado no poema Dissimulado de GIANLUCA GARBATTI)

Trancam nas mãos o que vai na alma.

Aprisionada no mais profundo de mim ,

as letras calam, não mais sonham

nem livres voam, choram.

Disfarçada, percorro ruas e sombras,

becos sem saída em agonia.

Sem destino, a poesia foge das linhas

as frases tropeçam sem nexo

e vou morrendo

a cada momento.

Tento dentro da revolta vazia

libertar das amarras da vida

escrever meu último verso

na minha lápide ,

nem isto consigo,

adeus!

10/08/07

*

Maria Thereza Neves
Enviado por Maria Thereza Neves em 11/08/2007
Código do texto: T601923