DISSIMULADA
(Inspirado no poema Dissimulado de GIANLUCA GARBATTI)
Trancam nas mãos o que vai na alma.
Aprisionada no mais profundo de mim ,
as letras calam, não mais sonham
nem livres voam, choram.
Disfarçada, percorro ruas e sombras,
becos sem saída em agonia.
Sem destino, a poesia foge das linhas
as frases tropeçam sem nexo
e vou morrendo
a cada momento.
Tento dentro da revolta vazia
libertar das amarras da vida
escrever meu último verso
na minha lápide ,
nem isto consigo,
adeus!
10/08/07
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