Cardo

Que meu choro seja calma

E que minh' alma nada sinta

Que meu sonho seja um rio

De uma vida não extinta.

E que nada se celebre

Mas que tudo se sucinta

Que se cesse toda a febre

De toda essa gente faminta.

E se eu me for, que vá então

Que vão não seja o meu suspiro

Findando na terra, no chão

O meu gélido gemido.

Que tudo o mais corra depressa

Dessa saudade que confessa

Que tudo que estou sentindo

É a dor do tempo partindo.

Mademoiselle Art
Enviado por Mademoiselle Art em 04/06/2017
Código do texto: T6018342
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