SANGUE AZUL- Poesia nº 59 do meu quarto livro "ECLIPSE"
Que força é esta que corre em minhas veias,
E assim, como fosse um emaranhar de teias,
Vem tecendo por dentro esta minha loucura
Que me transporta ao deixar-me mais pura!
Na transfusão do pecado para o livramento,
Deixei de ser a triste mulher do julgamento.
Caí neste grande torpor feito de alucinação,
Não sou mais humana entre luz e escuridão!
Lá do infinito solto o grito na exatidão morta,
Na ausência da piedade que não te conforta,
E arranco as peles da cicatriz que me corroeu,
No livre arbítrio de quem feliz, me escolheu!
As pálpebras do tempo choramingam bravas,
Neste meu sangue azul, sem ter mais travas,
Qual purifiquei a minha indecisa existência,
Alimentando os meus desejos da penitência!
Eduardo Eugênio Batista
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