Qualquer coisa
Vejo as pessoas/
Andando solitárias/
Com as suas caras pesadas/
Pelas ruas agitada das cidades/
Com suas necessidades/
Expostas em carne viva/
Numa dor ferida/
Que come incansavelmente a desossar o peito/
Que encarcera a alma/
Numa dor sem jeito/
Que latente durante o dia/
Adormecendo a noite/
Sem qualquer, qualquer, sem se importar/
Como se a gente vivesse isolado dos mundos/
Como se a gente fosse feito/
Pra discriminar e a ignorar/
Sem qualquer respeito/
Por tudo que nos faz ser/
Um ser desse mundo/