O hoje nunca dorme...
Tornei-me calmaria
Lago em repouso
Não importa o tempo
Inócuo, vadio
Como ele
Ouço apenas o vento
A brincar em meus cachos
Que por vezes desordenas...
Aspiro hálito de liberdade
Invade
Cheirando a terra
A mato...
No céu
O dia adormece
E o olhar se perde entre as estrelas
A lua se faz neve
Quase derrete ante meus míopes olhos...
Divinos momentos
Aos quais bebo
Embriagam a alma
Benditas sejam as horas
Espero o metamórfico amanhã
O hoje, em mim não dorme...
Ema Machado