Luana
Tão linda.../
Perfeita como gostaria de ser a flor/
Em qualquer jardim/
Tão real, quanto humana/
Na exatidão, da vil Morgana /
Mas/
Cuidado.../
Sua voz chama pelo nome/
Envolve-te num sono/
Que o veneno do seu beijo/
Maviosamente consome/
Todas as forças de qualquer resistência/
Seu olhar inocentemente nocivo/
Nutre-te com o vinho da morte/
Em tempos de lascívia/
Tantos risos e sussurros a minguados gozosos/
Paulatinamente te vais de ti/
Vais contra todos/
Caminhando piamente aos grilhões e açoites da taberna do prazer/
Que a cada dia tem discípulos como escravos/
A cada por do sol/
Torna-te incapaz de ver a luz na escuridão/
É uma paixão/
Avassaladora como um vício/
De certeza factual/
Na febre incontrolável dos desejos/
Não obstante, o risco/
Do sofrimento latente/
A miséria e a solidão/
Segredarem qual das dores, melhor será a sua fiel companheira/