Uma conversa com o espelho
Quanto tempo de vida nos resta
Será que o tempo, tempo nos empresta
Ou será que ele faz questão de voar
Tão rápido, sem questão de nos esperar
Quantos tombos ainda cairemos
Até que aprendamos a caminhar
Quantos amores perderemos
Até que saibamos o que é amar
Quantas mágoas aos outros faremos
Até que aprendamos a respeitar
Quantos nãos a nós mesmos diremos
Até percebermos a vida passar
Quantas cicatrizes esconderemos
Até entendermos que elas fazem parte vida
Quantas emoções em nosso ser abafaremos
Até transforma-las em poesia
Pois é querido espelho
Parece que não somos perfeitos
Mas o que a vida espera de nós
É que sejamos, justamente: Nós!