IMORTAL POETA
Fiz um dia uma poesia.
Assim, como quem não quer nada.
Mas caprichei no tempero.
De tudo um pouco... bem rimada.
Tinha letras de Cecília.
Outros toques de Drummond.
Mas era minha! Minha filha!
E Manuel surgiu dos barros,
louvando naturezas pequeninas.
Então o Quintana passarinho,
avuou por entre as rimas
e pousou nessa oitiva.
De pronto, me perpetuei
imortal poeta, enquanto viva.