Será mesmo culpado?
Chama feroz aos olhos do que condena,
Que sem piedade inflama,
O cruel destino de seu réu.
Que enquanto ouve os gritos de ódio,
Se apega a fé que tem,
E com medo implora,
Para que não sinta dor alguma.
Vozes e gritos pedem o ato final,
Sem saber se realmente é culpado
Ou inocente.
Alguém ali presente
Instigou a ira coletiva.
E sem saída alguma,
Com olhar de piedade,
O carrasco que não tem espírito de vilão,
Faz o que é destinado a fazer,
E o homem antes de morrer diz:
_Pai, perdoai-vos, eles não sabem o que fazem.