O COMBATE

De dentro de

sua noite antiga,

a barata me

observa.

Eu tremo.

Somos foco e

imobilidade.

Um duo improvável.

Qual de nós duas

está no controle?

O que nos empurra

para um combate?

Proporcionalmente,

em relação a ela,

eu sou enorme.

Tanto que poderia

aniquilá-la

com um único golpe.

Mas não ouso fazer isso.

Por quê?

Acontece que

ela tem asas

e eu não.

Alzira Chagas Carpigiani
Enviado por Alzira Chagas Carpigiani em 14/02/2017
Reeditado em 14/11/2020
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