HOMENS DE POUCA FÉ

Nasce o homem para a vida,

Desnudo e sem impureza,

Mas, o meio o contamina,

Perdendo assim a beleza,

Perde a vida pouco a pouco,

A nossa mãe natureza.

Com a sua singeleza,

Vai definhando a bonança,

Perdem todos os animais,

Perde o homem a confiança,

Destruindo a si próprio,

E o que ganhou por herança.

Sei que o egoísmo avança,

Indo a qualquer direção,

Parecendo a todos nós,

Haver perdido a razão,

Deixando marcas profundas,

Na alma e no coração.

O homem sem compaixão,

Destrói tudo em sua frente,

Rios, bosques e florestas,

Achando-se competente,

Se a natureza nos cria,

Também extermina a gente.

Ser humano é diferente,

Dos outros seres da terra,

Que lutam por suas vidas,

O homem fazendo a guerra,

Renega a paz e o amor,

No egoísmo se encerra.

Sabe-se, vindo da terra,

Que um dia, para ela voltará,

Quem dera arrepender-se,

Não partilhar o maná,

Entre seus irmãos famintos,

Nada pra lá, dez pra cá.

Rio, 17/07/2007.

Feitosa dos Santos, A.