Eu sou a arte
eu sou aquele que o toca
eu sou a arte
perdi pro sabor do vento
meu intenso movimento
subi numa corda de luz
e escorreguei pelo vazio do escuro
reconstruí, recuperando pedaços
roubados pelo destino inconstante da história
num intenso grito
libertei gemidos latentes
que me tornavam escrava
do meu espírito demente
entendi-me gente
com a beleza da arte
e as eivas do umbral
desejo hominal
de sentir na pele a crueza e a doçura
de viver e ser plenamente
eu sou a arte
eu sou aquele que o toca