O GRITO
Atiro palavras ao vento
sem mira, sem rumo,
ao relento.
E de repente tomam forma
riso, choro, sentimento.
Metáforas esvaídas, decaídas,
ruminadas, regurgitadas.
Poemas que atravessam feito espadas
a vastidão de minha alma aflita.
Choca-se o silêncio com tanta força
em mim,
que a vida acorda no meu ser e grita.
Saulo Campos - Itabira MG