Momento Brasil

Que acorda todos os dias

Ouve todas as notícias

E elas são tristes,

Tristes,

Tristes,

Não se ouve nada agradável,

No jornal da manhã.

No noticiário da hora,

No jornal do meio dia,

Na internet.

Tudo,

Está fora do lugar,

Parece que tudo está

De pernas pro ar.

É assim...

Não se tem mais os direitos,

Não se tem mais saúde.

Não se tem mais garantias,

Triste momento nós vivemos.

Não há mais alegria.

Não há mais segurança.

A violência domina.

A corrupção permeia em todos os setores.

O ladrão condena o juiz,

O juiz é julgado e preso por condenar o ladrão.

Vejam que situação!

Não é palhaçada não

É coisa que prende nossa atenção.

E parece até então

Que se inverteu a situação.

Que não se tem mais solução.

É triste a situação dessa que um dia chamamos de nação.

De mãe gentil,

Não, não é mãe gentil, é mãe que Judéia os filhos,

É mãe que bate, abate e mata os pobres filhos da pobreza extrema.

São hospitais que contaminam,

Mãos que batem, abatem e matam.

Mãos que sangram,

Corpos mutilados,

Corpos mutilados nas ruas

Corpos sem vida.

As poucas vidas que habitam os corpos não vivem,

Pois, o que é vida sem esperança?

Sem expectativa?

Sem noção?

São vozes que vêm das ruas, das casas, dos becos.

Com palavras de ordem: Justiça!

São jovens revoltados,

Alienados pela rede em sociedade.

São traições e mais traições dentro da rede.

A miséria é combinada pela rede,

Pela rede combinam-se os protestos,

E assassinatos pela rede.

A informação popularizou-se demais,

E as mentes alienaram-se demais.

A Política já não é política,

A casa do Povo já não é do povo é um covil de ladrões,

O espelho d’água já não reflete nos rostos o orgulho dos brasileiros,

Mas mostra a vergonha de pertencer a uma nação injusta que maltrata os trabalhadores e exalta os salteadores que o povo coloca no covil a cada quatro anos.

E isso se repete em cada Estado e em cada cidade.

A selvageria é gritante na sociedade do século vinte e um.

Quanto mais culta, mais selvagem é a humanidade de hoje em dia.

A religião já não religa,

O homem esqueceu-se de Deus,

Que só O invoca na hora de um grande aperto.

Aí surge a pergunta:

Que mundo é esse que vivemos no momento?

Parece uma locomotiva desgovernada,

Cujo destino não se sabe onde vai dar.

E cada um cuida em se salvar jogando o outro pela janela, tomando-lhe o lugar.

Não há mais valores humanos.

O ser humano não tem mais valor algum.

Qualquer animal de quatro patas vale mais que o ser humano.

Qualquer objeto de valor insignificante vale mais que o ser humano.

A vida se esvai por entre os dedos nas favelas das grandes cidades.

A terra dá sinais de agonia, os rios secam, e quando isso não acontece,

Enlameia-se com rejeitos de minérios matando populações inteiras de sede e de tragédia destruindo-se moradias, lares e esperanças.

Em nome do lucro não se conhece mais ninguém.

Não há mais temor aos Céus.

É tudo terra, carne, dinheiro, pensamento, correntes filosóficas, falsas teologias que não explicam Deus e assim o homem vai se desfigurando e se tornando cada vez mais um vulto que anoitece a cada manhã desse sombrio mundo que está se configurando.

Cálamo de Poesia

04 de dezembro de 2016

Cálamo de Poesia
Enviado por Cálamo de Poesia em 15/12/2016
Código do texto: T5853623
Classificação de conteúdo: seguro