Gelo eterno.
Rio, 06. 12. 2016.
Gelo eterno.
E se meu coração hoje
É rigoroso inverno foram as
tuas palavras frias que o
Fizaram congelar.
E esse gelo eterno que
Congelou minha emoção
Não encontrou um outro amor,
Uma outra paixão que o
Fizesse afugentar.
Mas não quero que se
Sinta culpada, pela recusa
Que refrigerou minha alma,
Que agora pense que devia
Ter dito sim ao invés de não.
Amor é coisa que se compartilha,
Não algo que se preste
A compaixão.
Só peço, agora, que se
Retire daqui com esse
seu semblante solar,
Vá ensolarar outro lugar,
Que nem mil andorinhas no céu
Dos teus olhos azius e
Nem o teu sorriro sol
Serão capazes de me degelar.
Vá irradiar seus encantos
Onde a natureza lhe seja
Solicita e hospitalheira.
Não sou mais o mesmo de antes,
Virei o próprio vento
Solitário dos Andes,
Um iceberg que flutua
Sem vontade ou direção.
Procure o outono ou
A Primavera, eles lhe darão
Guarida e afeição,
Eu agora sou inverno,
Um ser avesso a essa tua
Temperatura de verão.
Clayton Márcio.