O Gênio Incompreendido
Vivo fora do espaço, do tempo
Eu e mais eu, de mãos dadas com o vento
Ora deito lágrimas, ora solto gargalhos
Amo estar no serviço, odeio fazer trabalhos
Pensamentos deixam a cabeça pesada
Na minha boca mora uma multidão de palavras
Quero livrar-me delas, não pagam renda
Saem quando querem, desobedecem a minha regra
Estou embriagado de raiva, farto com o fardo
Cansado de andar na estrada que me leva ao nada
Amo a vida, mas a morte me deixa excitado
Sou eu o palhaço deste circo, por favor dêm risadas!
Elas me acham esquisito, eles dizem que sou demente
O mundo detesta gente diferente
Tudo bem, alegrem-se, festejem quando eu partir
Porém saibam, eu jamais desejei ficar aqui.